Falar sobre divórcio não é fácil. É um tema confuso e doloroso, que mexe com uma série de emoções, a maioria delas negativas – raiva, ressentimento, culpa, remorso, tristeza, entre outras.
Se o casamento é, por vezes, uma relação difícil de manter, o divórcio é, sem dúvida, uma das transições mais difíceis de fazer.
Embora seja cada vez maior o número de separações, elas constituem um processo que, na generalidade, é extremamente doloroso para quem o vive. E há quem, com medo do futuro, prefira manter-se numa relação triste e insatisfatória, a escolher o divórcio.
A terapia do divórcio não tem o intuito de os casais trabalharem no sentido de ficarem juntos, mas de conseguirem separar-se de uma forma mais serena. A ideia é apostarem na sua saúde mental, procurando formas mais saudáveis de lidar com o caos e proteger os filhos, se os houver.
Há muitos ex futuros casais que não procuram ajuda, mas a verdade é que acabam por passar por este processo de uma forma muito mais angustiante e difícil. O intuito da terapia do divórcio é começar a trabalhar o processo de cura.
As questões legais, logísticas e emocionais podem ser gigantescas. A ideia de começar de novo, de criar uma nova vida pode sernão apenas inquietante, mas paralisante.
A intervenção fornece suporte e estratégias para lidar o melhor possível com a dor e a incerteza, fornecendo ferramentas para seguir em frente. Ajuda também a minimizar o impacto nos filhos e perceber onde a relação falhou, para que uma nova relação não volte a falhar.
O terapeuta ajuda ambas as partes a comunicarem mais eficazmente e de forma mais positiva e civilizada.
A terapia, tanto pode ajudar na fase pré-divórcio, como na de pós-divórcio.
Idealmente, ela deve ser feita com ambos os elementos, embora possam haver sessões individuais intercaladas, dependendo da necessidade. . O terapeuta pode ter de servir como mediador quando o casal fica refém de si próprio, ou seja, quando não consegue entender-se.
Trabalhar em conjunto ajuda a melhorar a capacidade de negociação e chegar ao resultado “ganhar-ganhar”.